13
dez

Neuromodulação não invasiva


Você conhece a neuromodulação não invasiva? 

A neuromodulação não invasiva é um método de tratamento que utiliza ou uma corrente magnética (EMT – estimulação magnética transcraniana) ou uma corrente elétrica (ETCC – estimulação transcraniana por corrente contínua). Ambas têm como objetivo facilitar ou inibir o funcionamento de alguma estrutura do encéfalo ou medula, que pelas suas conexões acabam estimulando todo o sistema nervoso central e periférico, para melhorar a fisiologia e consequentemente melhorar a funcionalidade do paciente. 

Estudos sobre a aplicação vem crescendo e demonstrando resultados excelentes para o tratamento de diversos distúrbios, como:

Paralisia cerebral;

TEA;

TDAH;

Depressão;

Ansiedade;

Afasia;

AVC;

Esclerose múltipla e outras doenças desmielinizantes;

Parkinson;

Distonias; 

Alzheimer e outros transtornos neurocognitivos;

Distúrbios vestibulares; 

Zumbido;

TCE;

Lesão medular;

Dor crônica;

Dor neuropática;

Fibromialgia;

Osteoartrose; 

Quando a utilização é associada a outras terapias como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicoterapia, os resultados são potencializados, porque a neuromodulação desencadeia um pico de neuroplasticidade, o que possibilita acelerar o processo de reabilitação para quadros agudos e possibilita traçar novos prognósticos para pacientes crônicos que estabilizaram em um quadro motor onde não se tem evolução em funcionalidade.

As duas possibilidades são importantíssimas em termos de economia, tendo em vista que o paciente agudo pode evoluir mais rápido e acelerar o processo de alta dos serviços de reabilitação, assim como diminuir a quantidade de pacientes crônicos que frequentam esses serviços para manutenção do quadro por não ser possível alcançar novos ganhos que capacitem maior independência e integração social. 

Além disso, já existem protocolos muito bem estabelecidos para a aplicação da técnica, que quando respeitados, garantem segurança a vida do paciente estimulado, que geralmente são compostos por 10 sessões dentro de 2 semanas (sessões diárias de segunda a sexta), porém podendo ser de até 20 a 30 sessões dependendo da patologia. 

E os estudos que avaliam esses protocolos, observam no acompanhamento dos pacientes após o fim da intervenção, resultados que permanecem até 6 meses, evidenciando que os ganhos durante a intervenção são duradouros (lembrando que 6 meses é a média de acompanhamento dos estudos clínicos após intervenção). Ou seja, é pouco provável que o paciente volte a procurar o serviço de reabilitação após receber a alta.

Informações do profissional:

Matheus Antunes Silvério Soares 

Crefito-3/337042-F