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A Dr. Mariana D’Angelo Cauchioli, diretora do nosso Centro de Reabilitação, contribuiu com a matéria Passo a Passo, que faz parte da publicação Andar, da Omint. Confira o texto abaixo:
“Acredita-se que tenhamos descido das árvores há cerca de 4 milhões de anos, iniciando nossa adaptação à postura ereta. Uma façanha, já que a natureza bípede nos obriga a equilibrar as partes do corpo sobre uma base mínima – os pés -, sem auxílio dos membros superiores e não contando com apoio de uma cauda. Alguns já compararam essa estrutura a uma pilha de xícaras, que deslizam perigosamente uma sobre as outras. Afinal, como conseguimos ficar em pé e sair por ai?
Andamos de modo automático, alheios aos processos complexos que, literalmente, nos levam adiante. “Primeiro, há uma intenção de movimento, comandada pela região do córtex pré-frontal, responsável pelas nossas vontades, nossos desejos e comportamento social”, explica a fisioterapeuta Mariana D’Angelo Cauchioli, especialista em doenças neuromusculares e diretora do Centro de Reabilitação Neurológica da Clínica Cauchioli. “Essa informação passa para uma área responsável por organizar a sequência motora e depois, é projetada na área motora primaria que, via medula, envia impulsos para a musculatura, a fim de executar o movimento. O processo é regulado por muitas outras estruturas, que dosam a força, a velocidade e a parametrização, além de dar feedback constante ao movimento.” Se tivéssemos de gerenciar tudo isso, decerto não daríamos um passo.”
Muitas vezes, não percebemos a complexidade dos movimentos do nosso cotidiano, mas vale lembrar: o corpo é como uma máquina, onde cada peça é fundamental para o funcionamento de um todo.